segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

2º Brassagem - Foreign Extra Stout

Nossa segunda brassagem foi difícil escolher o estilo, pois a ideá inicial era fazer uma IPA, porém o processo é bem semelhante da Pale Ale que foi feita anteriormente, como somos marinheiros de primeira viagem, vamos a um desafio. STOUT, mas qual?
Pesquisando na internet, tem outro blog que sigo www.hominilupulo.com.br, muito bom e cheio de informações como os outros blogs citados nas postagens anteriores.

Primeiro vejo em detalhes o estilo no BJCP, ele da as diretrizes como deve ser o estilo.

Contendo um norte, primeiro passo alimentar o BeerSmith com a receita de analogia e usar conteúdos lidos e adquiridos por cervejeiros.

Segue analogia: Cabeçá de Panela - Stout


Adicionei sucrose (açúcar refinado) para aumentar o teor alcoólico, o estilo pede uma densidade mais alta.

Vamos para a Brassagem.


Água: usei água mineral com PH 6,1, como não faço (ainda) o controle de PH, uso água mineral com o PH em torno de 6, abaixando quando adicionamos o malte, por dedução deve ficar entre 5,0 á 5,5 PH.
Pois usei essa logica na primeira brassagem e obtivemos bastante conversão de açucares fermentáveis.
Quantidade de água usada, livros e tutoriais dizem para usar aproximadamente 2,44 litros por quilograma de malte.




Aumentei um pouco a quantidade de água primária para 2,7 litros por quilo de malte, para diminuir a viscosidade do mosto, foi muito satisfatório na hora da re-circulação.







Fizemos 2 rampas de temperatura, deixei o Filipe cuidar das rampas, pois bem, deixou chegar a 75ºC, creio que não afetou, seguindo.

Sacarificação - 67ºC por 90 minutos.
Mash Out - 78ºC por 15 minutos

Re-circulação e Lavagem.



Dessa vez não tivemos o mesmo problema da vazão de saída de mosto, como aumentei a quantidade de água primária o mosto estava menos viscoso, bem rápido e eficiente.
 lavagem da cama de grãos utilizamos 1,2 vezes a água primária.




Fervura:
Como fiz marcação de nível em todos os caldeirões,
 tivemos o maior controle do processo.

Nossa fervura intensa bem brasa por 60 minutos.
Adicionamos os seguintes lúpulos:
Amargor: 30,0g - Hallertau Magnum - 60 minutos.
Aroma:  20,0g - Styrian Goldings - 5 minutos.
Para obter 55,5 IBU.

Não adicionei de sabor, por ser uma Stout dei preferencia para sabor  de malte e cereais torrados.


Resfriamento: brasa com nossa serpentina primária que fica imersa em gelo e a secundária imersa no mosto, em 9 á 10 minutos
(postagem passada tem mais explicação de como fazemos o resfriamento)






A densidade ficou bem como o esperado, OG=1,071, conclui que o aumento de  água primária não obtive resultados negativos.







Hidratação do fermento:
 Construindo agitador magnético. (Prof. Pardal)

Simples, utilizei uma ventoinha de computador, carregador de celular e duas barras magnéticas.
Colei uma barra magnética no centro da hélice da ventoinha, e liguei a ventoinha no carregador de celular antigo (5,0V) compatível com a ventoinha, com a outra barra magnética coloque dentro do erlenmeyer, deixando concêntrico.







Fermento:  1 sachê  Nottingham Yeast.
Fermentação: 10 dias começando em 22ºC e terminando á 18ºC.

Infelizmente com o clima de Caieiras SP estava com a temperatura baixa, não conseguimos manter 22ºC, ao invés de controlar a temperatura na geladeira teríamos quer ter uma estufa ou forno (rss).

Com esse problema no controle da temperatura, veio a má atenuação, precisava de um FG-=1010 e obtivemos FG=1025 trazendo problemas futuros, o primming.

Maturação: Sempre faço, tem pessoas que pulam esse processo, eu sempre faço, após pronta fica mais satisfaria, arrendo os aromas e sabores.
Fizemos 20 dias de maturação, de 5ºC com os ultimos 5 dias há 1ºC.






Primming:

Como não obtive uma boa atenuação
então tem uma boa concentração de açucares fermentáveis, então diminui a quantidade de açúcar para fazer a solução de açúcar invertido, conforme diz figura ao lado.









Apos aguardar o tempo desejável de 10 dias de primming, vamos para o resultado final dessa brasa.






Aparência:
Preta, com uma espuma volumosa e marrom, que demora para desaparecer. Lembra a espuma de um cappuccino.


Aroma:
Notas de café suaves e torrado que domina boa parte de seu aroma.

Sabor:
Acompanha bastante o aroma. O torrado e o álcool são muito bem inseridos na cerveja, o que acompanhado com um corpo leve pra médio. Tem uma puxada amarga, daquelas que não se sente na língua mas sim na garganta, muito mais pela torrefação, mas também nota-se o trabalho do lúpulo aqui.
O final é mais pra seco, com retrogosto ficou meio pesado e da calor na garganta.

(claro que puxei um pouco o saco para minha breja rss, precisa de uns ajustes nos insumos para melhorar essa Foreign Extra Stout)

Obtive uns toques via messenger do Facebook com João Alberto Kolling da Cervejaria Seasons de Porto Alegre-RS.
E demais tantos outros mestres cervejeiros que sempre estão bem dispostos e com paciência para passar informações para nós iniciantes.







Acabei fazendo um vídeo degustando essa brasa juntamente com uma Coopers Best Extra Stout.



Prost!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

1º Brassagem - American Pale Ale

Nossa primeira brassagem foi com essa American Pale Ale, como tudo que faz na primeira vez sai aos trancos e barrancos, foi menos mal pois anteriormente fiz um o curso básico de cervejeiro amador da Sinnatrah, confesso que não prestei muita a atenção na aula, com o numero de alunos e todos afoitos eu não conseguia prestar a atenção, mas mesmo assim ajudou muito, melhor ainda foi que depois do curso comecei a me interessar mais e adquiri muitas informação através de blogs, livros e enchendo o saco de alguns cervejeiros amadores ( somente os cariocas, pois o pessoal que faz brejas aqui em SP não me add no Facebook), os dois blogs que sigo são: goronah.blog.br e http://henrikboden.blogspot.com.br .

A seguir a receita usada para a nossa primeira brassagem (inclusive uma pequena aula no youtube do Nicholas do blog GORANAH, aprendi a usar o BeerSmith)


































Assim adicionamos 2,5 litros de água mineral por malte.
Água mineral com PH 6,4 e por dedução na hora da brassagem ira baixar para -+ PH5,5 
Pois ainda não tenho como medir o PH, mas assim que possível vou fazer esse controle.


O Fi homogenizando a temperatura do mosto
eu uso o celebro e ele a força para fazer a mostura (hehe)























Até as rampas de temperaturas não tivemos nenhum problema.











 Recirculação :
começou a reduzir muito a saída do mosto, tivemos struck sparge, mas paciência, abrimos um caminho na cama de grão e muita paciência pois perdemos muito tempo nessa etapa, mas no final deu certo, diminuímos a viscosidade do mosto adicionando mais água que era para ser usado para o fly sparge.




Seguindo, fomos para a fervura, ocorreu muito bem, pois adquirimos um fogão industrial com duas boca, que deixou nossa fervura bem brasa como mostra o vídeo abaixo:





Adicionamos os lúpulos de amargor e aroma, pelas estatísticas ficou com 38 IBU.









O resfriamento:
Feito com o chiller de imersão que antes de passar pelo mosto, passa por uma serpentina com gelo derrubando a temperatura e diminuindo o consuma de água.



Fiz essa planilha para saber quanto iria gastar de água da rua no resfriamento, sabendo dá situação atual da falta de água, então fiz uma planilha simulando uma troca térmica, simples, no real ficou bem isso mesmo, quanto mais diminui a temp. da entrada de água mais água economiza, claro não é 100% verdaeira essa planilha mas o tempo do resfriamento ficou bem próximo em menos de 10 minutos passamos o mosto de 95ºC para 25ºC

Messando a densidade OG=1,060.






Transferência para o fermentador, e deixando cair para fazer a aeração do mosto, usei fermento seco mesmo, US-05.
Assim foi para a fermentação em 10 dias começamos a 22ºC até cair para 18ºC, para conseguir um aroma bem frutado.



Essa amostra foi apos medir a FG = 1,010






fazendo a conta para obter ABV
ABV= (OG-FG)X131
ABV= (1,060-1,010)*131
ABV= 6,6
 e a coloração ficou boa, ainda muito turva conforme a foto.

Transferimos de balde para fazer a maturação, foram mais 10 dias a 5ºC e 5 dias á 1ºC (para camuflar eventuais off-flavors)





Primming e Envase:
Fizemos o primming com açúcar invertido, mantendo a proporção usada por diversos cervejeiros, de 7 á 8 gramas por litro de cerveja, fazendo uma solução com água estéril e açúcar e 5 gotas de limão, para não caramelizar o açúcar na fervura da solução.

Envasamos em garrafas usadas, quando comecei a pensar em fazer cerveja comecei a guardar as garrafas que bebi.
Esterilização das garrafas: com uma furadeira e escova para mamadeira, coloquei a escova no mandril e poli a garrafa por dentro, e fervi água na panela de pressão, assim que começou a sair vapor retirei a válvula da panela e coloquei a garrafas para entrar o vapor dentro, mantendo por 15 á 10 segundos cada garrafa, assim obtive garrafas esterilizadas para o envasar. com isso para obter entre
1,2-2 volume de CO2.


Após 4 dias abrimos a primeira garrafa (bem processe), mas como estamos fazendo nossa segunda brassagem resolvi abrir antes do tempo.
Mesmo assim na hora de abrir já tinha dado uma leve carbonatada, a espuma esta bem pobre ainda,
mas de sabor esta obedecendo bem o estilo, aroma frutado e bem lupulado para uma Pale Ale.
vou deixar ao todo 10 carbonatando.

Assim que completar os 10 dias atualizo o blog com o resultado final.

Agora sim, após 10 dias de primming temos o resultado final.

Não sou um degustador profissional de cerveja, mas vamos lá:

Aroma: Aroma: devido uso do  lúpulo COLUMBUS adicionado no final da fervura, obteve um aroma cítrico e frutado.

Aparência: Coloração meio palha e bem turva, colarinhobranco espesso.

Sabor: Sabor maltoso médio e frutado, com amargor de médio, o final de médio, um retrogosto, que possui tanto malte quanto lúpulo. O sabor do lúpulo  moderado com caráter cítrico obedecendo o estilo, ésteres frutados baixos.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Montando o meu equipamento.

Montando Kit para Fabricação de Cerveja Caseira - 20 Litros

Primeiramente comprei o kit completo de uma loja em sampa, felizmente a data era muito longa, acabei cancelando a compra. Pensei, por que não montar meu próprio equipamento, foi a melhor coisa que fiz, primeiramente um estudo sobre o assunto, como começar, tendo o varias ideais, mas viabilizando o custo, até porque não sei se vou pegar gosto pela coisa.

Primeiro, monto um equipamento para 20 ou 50 litros, alumínio ou inox ?
Claro, um equipamento intermediário para 20 litros com os caldeirões em alumínio, sem duvida, menos custo.
Comprei no site: http://casadachurrasqueira.com

Caldeirão de Alumínio Linha Hotel Nº 36 - 31,5 Litros  2x 92,54 R$ 185,08
Caldeirão de Alumínio Linha Hotel Nº 32 - 22 Litros  1x 64,2 R$   64,2
                                                                                                                          Total R$ 249,28

Preço imbatível existem sites que vende por esse preço somente 1 caldeirão.

3 válvulas esferas de 1\2"BSP em Inox, peguei na empresa onde trabalho, (Jump of the cat)
6 contra porcas 1\2"BSP em Inox, comprei na Acepil.

Tive um trabalho tremendo em achar algo que fixa a válvula e a bazzoka, tive que mandar usinar um tubo de ØN.1/2" SCH.40S, fazer rosca de 1/2"BSP na parte externa. (torneiro enfiou a faca, deixou cheio de rebarbas, mas nada que uma lima solucionou)

Essa peça faz uni a válvula e a panela/bazuka, não consegui achar algo similar no
mercado, então fiz  o desenho e mandei o usinar o tubo.

A bazzoka ou bazuca, comprei em uma loja em sampa, a bazooka dos caras chamada serpente, era um lixo, tem gente querendo ganhar dinheiro a todo custo.
Então montei a minha mesmo, peguei um tubo flexível de inox e cortei as extremidades, usando somente a malha de inox. 

Descritivo da Montagem

Todas as conexões são BSP, não tem necessidade de ser NPT não há pressão significante.
Mas o espigão é NPT comprei com BSP e me entregaram NPT, vou passar no cossinete de 1/2"BSP e esta tudo certo...(hehehe)

Na vedação entre das contra porcas e a panela, usei inicialmente um anel O'ring 
de silicone, mas ele rompia conforme ia dando aperto, Acabei usando uma 
vedação de bebedouro, arruela de silicone, funcionou perfeitamente,
 não sei qual a sua temperatura de trabalho, mas deixei ferver o caldeirão 
com água há mais de 95ºC, acho que não vou ser surpresa na
 hora da brassagem.

Bazzuka, Válvulas, contra porcas, espigões e niple duplo conforme
desenho acima.






Acabei fazendo um gambiarra, pois ainda não achei as abraçadeiras de inox, enquanto isso fica os arames de inox enrolados na espigão.(quando eu achar substituo)

Eis o Lay-Out, do equipamento
Não sei da onde surgiu aquele chiller dentro do caldeirão de fervura!!! (heheh)
O resfriamento, não sei ainda se é benéfico dessa forma (por lógica creio que sim), abaixa a temperatura da água da rua para resfriamento do mosto, (a serpentina para resfriar a água da rua, arrumei com um amigo, que me deu uma chopeira velha, eis que arranquei a serpentina) comecei a colher todas informações para calcular o tempo de resfriamento de mosto, mas acabei desistindo quando vi o tamanho da encrenca que eu estava me metendo, e ainda por cima teria uma margem bem aproxima do tempo de resfriamento, deixar o futuro rsss.

O restante do equipamento com, baldes fermentadores, Air Lock, pá cervejeira e etc, comprei na loja virtual do LAMAS.


TERMOSTATO DIGITAL - TIC-17RGTi




















Comprei em uma loja na Rua Florêncio de Abreu, 200 - R$83,00
Fácil instalação, possui diversos tutoriais na internet para instalação e programação.Procurei me informar com o pessoal da elétrica, por ver muita reclamação de queima do mesmo, futuramente vou colocar um tiristor para diminuir o impacto na hora que liga e desliga.


Equipamento bem eficiente.